Mais uma corrida mais uma viagem!
Ora, pois é, mal assentei arraiais em Kalabo, heis que uma
semana depois já estava mais uma vez a caminho de Lusaka. Objectivo: ir buscar
o visto que me vai permitir ficar em terras zambianas por 6 meses.
Mais uma vez Lusaka não surpreendeu, continuava feia e
desinteressante, sem centro histórico, sem monumentos mas muito consistente,
não surpreendeu, continua igual a si própria. Desta vez não estive sozinho no
escritório, tive a companhia do Craig (outro manager da African Parks). Entretanto
fiquei a saber que apesar de tanta cerca eléctrica e muros altos, houve dois
carros na semana passada que foram assaltados...
Após inúmeras compras, aproveitando o facto de estarmos na
cidade para atestar as despensas, frigorificos e arcas congeladoras de Kalabo,
lá chegou o dia de ir buscar o visto. Coisa simples à partida: ir à imigração,
assinar o visto e pronto. Não sei como é o serviço de imigração em portugal,
mas na Zâmbia posso dizer que é caótico, para não dizer coisas piores...
entrando no edifício, deparo-me com um mar de gente, “mas afinal onde é que eu
me safo? Ah! É ali naquela secretária!”.
Uma secretária cheia de papelada, com um cenário de amontoados de pastas e
dossiers no chão que chegavam pelo menos à barriga de qualquer um, por detrás de
tanto papel lá estava um homenzinho com a maior calma deste mundo, ignorando o
amontoado de gente e falando ao telemóvel, rindo, conversando com os colegas,
sem pressas... supostamente havia uma fila, no entanto essa fila já pareciam 3
ou 4 e atrás de mim as pessoas tentavam chegar o mais próximo possível da
secretária... sentindo o bafo de umas quantas e após alguns empurrões, lá chega
a minha vez. Nome: Artur Miguel Santos dos Vitorino (??) “olhe, o nome está ao
contrário”, “oh amigo isso não tem importância nenhuma, está mal escrito?” “não
mal escrito não está, está é pela ordem errada...” “olhe isso não faz mal, mas
se quiser passe por cá às 14h” “ui ui!! Deixe lá... que se lixe...” e pronto...
já tenho visto, pelos vistos não faz mal ter o nome ao contrário neste país.
passaporte e visto |
A caminho de Kalabo, passando pelo Kafue, sempre deu para
lavar a vista com alguma vida selvagem, levando no pensamente que se tudo
correr bem, só volto a Lusaka quando for para apanhar o avião de regresso para
Portugal!
grupo de elefantes no Kafue National Park |
Rio Kafue |
Amanhã, é dia de partir para o parque, vai ser a semana das
capturas e por isso vamos ficar hospedados em pleno coração de Liuwa Plains
National Park, sem telemóvel nem internet, só nós e a bicharada! Vamos embora
Liuwa!
Uau primo... também quero ver elefantes. Até já vi um aqui. Mas é malandragem que anda a fazer dinheiro às suas custas. Um abraço!! Dááá-le!
ResponderEliminar